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9 de junho de 2011

Entrevista: A importância e representatividade do cinema do Paraná

 por Marcos Cordiolli

(Re)publicação da entrevista concedida a Rogério Teotonio Rodrigues e  publicada em partes em materia do Blog Cineacademia e no portal da Carpano Produções.
Em entrevista ao grupo Carpano Produções, Marcos Cordiolli, assessor da diretoria da Agência Nacional de Cinema – Ancine, fala da importância e representatividade do cinema do Paraná.
O Paraná pode ser considerado um grande centro de produção em Cinema? Por quê?
Em termos quantitativos, a produção de cinema comercial brasileiro está concentrada no Rio de Janeiro, que em 2009 produziu 54,8% dos filmes nacionais lançados. O Rio de Janeiro lançou cerca de 400 filmes entre 2005 e 2010, enquanto o Paraná disponibilizou no circuito comercial pouco mais de uma dezena de produções. Mas esta é apenas a ponta do Iceberg. O Paraná tem uma produção de filmes de curta e média metragens reconhecida e qualificada.
O Paraná está em situação muito promissora quando se trata de produção de cinema. É sede de diversas produtoras atuando intensamente. Instituiu um prêmio estadual que garante a cada dois anos (que deveria ser anual) a realização de um longa metragem e três telefilmes. Mantém escola de cinema na FAP e outros cursos profissionalizantes. Dispõe de um diversificado e amplo quadro de atores com experiência. O Paraná é também um estado cenário com diversidade de paisagens e de etnias.
Em Curitiba tem-se uma intensa produção de filmes publicitários. Estão instaladas empresas fornecedoras de equipamentos de produção. Também é sede da empresa do estúdio de som do Alessandro Larocca, incontestavelmente, a melhor do país (recebeu quatro das cinco indicações no Grande Prêmio de Cinema Brasileiro em 2011). Estas fatores potencializam a produção cinematográfica em Curitiba e no Paraná.
Os filmes paranaenses de curta e longa metragem há muito tempo são destaque em festivais internacionais. E, entre as animações, o Brasil produziu menos duas dezenas de filmes em toda a nossa história e dois deles são de Paulo Munhoz, do Paraná.
Portanto, posso afirmar que o Paraná, potencialmente, é um grande centro de produção em cinema.
Quais as principais características ou particularidades do cinema paranaense e seus diretores?
O Paraná tem uma variada produção cinematográfica em diversos gêneros e formatos. Eu vou tratar aqui, com certa injustiça, apenas dos filmes de longa metragem produzido nos últimos anos em Curitiba. Por dois motivos. Primeiro, porque são os filmes de longa metragem produzidos para salas comerciais de exibição que efetivamente promovem um território como produtor de cinema. E, segundo, porque é o segmento que conheço melhor.
Os filmes do Paraná possuem qualidade de produção internacional, ou seja, estão qualificados para exibição em qualquer sala de cinema ou canal de TV do mundo. Por outro lado tem se destacado pela qualidade estética, sendo que quase todos eles obtiveram sucesso em festivais internacionais. “Estômago” de Marcos Jorge, foi reconhecido pela crítica brasileira e internacional, conquistou uma legião de fãs, arrebatou vários prêmios em festivais internacionais e obteve bom público em circuitos comercias de vários países. O Sal da Terra fez sucesso em dois festivais internacionais, um em Paris e outro na Califórnia, e é reconhecido como Road movie, ousado e significativo. “Belowars” é a poesia visual na sua forma mais absoluta, foi reconhecido em festivais internacionais e acredito que ainda não foi descoberto pelo público, o que ocorrerá mais cedo ou mais tarde. “Misteryos”, de Beto Carminatti e Pedro Merege, concorreu ao grande prêmio do cinema brasileiro e seguramente deverá ser objeto de estudos nas escolas de cinema pelos planos e seqüências criativas, entre outras qualidades. Corpos Celestes, de Marcos Jorge e Fernando Severo, muito diferente de outros filmes produzidos no Brasil, é uma pérola: elegante, requintado e extraordinariamente bem elaborado. “Brichos”, também de Paulo Munhoz, institui uma família de personagens animados baseados na fauna brasileira que pode vir a se incorporar definitivamente a cultura infantil, com breve lançamento de “Braimforest – A floresta é nossa”. O “Morgue Story: sangue, baiacu e quadrinhos”, de Paulo Biscaia Filho, é também primoroso e representante maior no Brasil das obras elegantes que se incluem no ambiente estético denominado de filme B. O Curitiba Zero Grau, também, de Eloi Pires Ferreira, recupera a tradição dos cronistas locais e a traduz na linguagem cinematográfica com apurada intertextualidade visual. Todas estas obras são candidatas a reverência como filmes Cult que serão assistidos nas mais diversas circunstâncias. Ainda não vi “O Coro” de Werner Schumann e “Circular” de Adriano Esturilho, Aly Muritiba, Bruno de Oliveira, Diego Florentino e Fábio Allon e, segundo o que ouvi, parecem ser dois filmes do mesmo grupo: construção estética apurada com aprimorada linguagem cinematográfica.
O cenário atual permite que haja uma evolução do cinema aqui no nosso Estado? De que forma isso pode ocorrer?
O cinema paranaense para, continuar crescendo, precisa superar diversas dificuldades e entre elas vou enunciar alguns gargalos: as dificuldades de comercialização e distribuição; a instabilidade de financiamento e a necessidade de qualificação das produtoras.
O gargalo da distribuição é nitidamente percebido quando belos filmes como o “Cantoras do Rádio”, de Gil Baroni, o “Made in Ucrânia” de Guto Pasko e o “Belarmino e Gabriela” de Geraldo Pioli, tiveram baixo desempenho de bilheteria, embora tivessem todas as condições de atrair públicos de nichos específicos de mercado ou de conquistar uma boa audiência de TV. Em termos de TV, o filme Brichos deve virar série mas ainda carece de contratos de parcerias de destruição (o Caminho da Escola, de Heloisa Passos, já está em produção, consegui contrato com TV Senac). Neste sentido, é importante o fortalecimento de distribuidoras que atuem com conteúdo regional, como a distribuidora paranaense da Diana Moro.
O segundo gargalo é o da instabilidade do financiamento para o cinema. Veja o caso de Marcos Jorge. Realizou o Estômago, obteve grande sucesso e é sondado por produtoras internacionais. Apesar desse reconhecimento, Marcos Jorge ainda não viabilizou os recursos suficientes para produzir “O dois seqüestros” o seu próximo filme. Diversos filmes paranaense foram realizados com recursos insuficientes e abaixo do orçamento.
O terceiro gargalo é referente à reduzida qualificação empresarial das produtoras de cinema do Paraná. Na maioria das vezes são empresas administradas pelos próprios artistas (roteiristas, diretores e montadores). O Cinema é uma atividade industrial e que, mesmo localmente, disputa espaço com as gigantescas produtoras dos Estados Unidos. Mas estamos avançando neste ponto e o Paraná já conta com produtoras com experiência e qualificação, entre as quais destaco a Artelux, dirigida pela Laurinha Dalcanale, que atua como coprodutora, tanto local como nacional e internacional, além de trazer produções internacionais para cá. A Zencrane, gerenciada pela Claudinha da Natividade, que já desenvolveu um padrão de negócios com qualidade internacional. A Tecnokena, de Paulo Munhoz e Daniela Michelena, com qualificações ímpares e destacáveis na área da animação. E a Laz, de Rubens Genaro e Virginia Moraes, que foram pioneiros em produções importantes com parceiros de outros estados e internacionais.
Quem mais o influenciou ao longo de sua carreira?
A oportunidade de convivência com cineastas motivados, utópicos e competentes é, seguramente, a principal influência. Cito primeiramente a experiências com Eloi Pires Ferreira e J. Olimpio na pós-produção e distribuição do Curitiba Zero Grau. O trabalho, sob a coordenação de Laurinha Dalcanale, no início da produção do ainda inédito “Cinco Estrelas”. A convivência cotidiana com Paulo Munhoz na produção do Braimforest. O trabalho conjunto com Talicio Sirino, Eloi e J. Olímpio na elaboração do projeto do Seriado Franco, ainda em produção. E, por último, o convívio com toda a equipe de produção do Curitiba Zero Grau, uma verdadeira epopéia realizada nas ruas de Curitiba.
Apontaria ainda mais algumas influências importantes. A primeira foi a de ter assistido a muitos filmes bons nos cinemas públicos de Curitiba. Eu sou da geração Cine Groff, Ritz, Luz, Guarani e Cinemateca Guido Viaro. Nos anos 1980, eu assisti, em tela grande, importantes clássicos do cinema italiano, soviético, japonês, alemão, italiano e latino-americano. Além de filmes de arte e autorais de diversas partes do mundo, como a Hungria, Polônia, China etc. E as mostras do Instituto Goethe e da Universidade Federal do Paraná. Uma boa parte destes filmes, eu assisti na companhia de Tatiana Marchette, uma ótima parceira intelectual, que seguramente influenciou muito o meu olhar para com os filmes. Hoje continuo assistindo e revendo filmes na televisão e mostras, mas nada é comparado com a fruição das salas de cinema…
A segunda foi participação em cursos e atividades formativas, combinada a grande quantidade de leitura sobre diversos aspectos artísticos e técnicos do cinema. Assisti a aulas com o pessoal de Curitiba, como Celso Kava, Alessandro Larocca, Geraldo Pioli, Luciano Coelho, Eduardo Baggio, Hugo Mengarelli. Também freqüentei palestras e cursos com diversos intelectuais de outras partes do Brasil. Os seminários e mostras do Instituto Goethe sobre o cinema alemão também foram significativos na minha formação.
A terceira é a atuação no meio institucional. Para mim, foi muito importante ter acompanhado os mandatos do deputado Angelo Vanhoni na elaboração das leis de Incentivo a Cultura em Curitiba e no Estado do Paraná e na reformulação da Lei Rouanet no Congresso Nacional. E mais recentemente,  à experiência atual na assessoria da Diretoria da Ancine, trabalhando em equipe com Glauber Piva, Roberto Lima e Eduardo Lurnel, o que tem me permitido aprender e compreender outras dimensões da produção cinematográfica. E a isso sou grato ao Diretor Glauber Piva que me convidou para esta importante função.
Quais os aspectos mais relevantes na construção de um filme?
O aspecto mais relevante é o desenvolvimento do projeto do filme. Uma boa história sem roteiro de qualidade, sem plano de produção eficiente e sem foco de comercialização delimitado corre muitos riscos de fracassar. O improviso e o amadorismo não têm lugar na economia do cinema! Não se pode adquirir a síndrome de cachorro vira-lata, que instiga produtores a esperar pela compaixão por seus filmes em virtude dos baixos recursos disponíveis. A realidade é imponderável: só filmes com produção de boa qualidade conquistam espaço no circuito cinematográfico. A qualificação da produção é condição necessária, porém, não suficiente para realizar bons filmes com resultados adequados estéticos, de circulação e comercialização.
Quais as principais dificuldades em se fazer um filme?
O primeiro é construir o roteiro, um plano eficiente de produção e a conquistar a garantia dos recursos humanos e materiais para a produção e distribuição do filme. Temas que já abordei em outra pergunta. Ou seja, vencer os desafios de formatar o projeto estético e as estratégias de produção e distribuição do filme.
O segundo é montar a equipe. Os filmes são obras compostas, que tem diversos profissionais, com conhecimentos específicos que influenciam o produto final. Eu sou daqueles que desconfia de filmes que tenham uma mesma pessoa em mais de duas funções autorais-chave, embora reverencie bons cineastas que conseguem essa proeza, como Woody Allen, Francis Ford Coppola, Akira Kurosawa, Glauber Rocha etc. Mas, a princípio, apostaria no trabalho coletivo como possibilidade de êxito.
O terceiro é conseguir o financiamento adequado. Não se faz cinema sem dinheiro. Mesmo que filmes com pouco dinheiro e muita criatividade sejam possíveis, a realização permanente requer mecanismos de financiamento para a produção e circulação. As tecnologias digitais facilitam e reduzem o custo de captura de imagem, a edição e a promoção dos filmes, mas ainda são significativos os custos de locações, maquinarias, figurinos, cenografias e de técnicos e atores qualificados. Os filmes requerem produção que duram semanas e este tempo corresponde a remuneração, transporte, acomodação e alimentação. E tudo isso custa caro.
O que é CINEMA?
Eu estou próximo dos cinqüenta anos, penso nisso desde os dez, época em que em todos os domingos, religiosamente, assistia às matinês de cinema. Mas ainda não tenho uma resposta segura. Mas responderia subjetivamente: é o momento mágico de estar diante de uma tela e se deixar levar por um encadeamento de fotogramas; que, mesmo sabendo que é de mentira, arrebata e produz imenso prazer. E, mesmo depois do filme ter terminado, ele nos acompanha por muito tempo.
A definição de cinema, para mim, é necessariamente a experiência entre o expectador e o filme. Eu, como produtor, quero produzir filmes para propiciar estas experiências a outras pessoas.
Mas ainda temos outras definições. A primeira é de que o cinema e a produção audiovisual, na sua totalidade, são instrumentos que interferem na formação da subjetividade humana. Portanto, a produção de cinema é fundamental na formação da identidade das populações e para garantir a autonomia com diversidade. Uma segunda é econômica: o cinema e o audiovisual são parte do segmento econômico que mais cresce no mundo, portanto, a produção de filmes é necessária para garantir a soberania econômica do país.
Box Informativo
Nome: Marcos Cordiolli
Idade: 48 anos
Formação: Historiador e Mestre em Educação
Ramos de atuação: Produção Executiva em Cinema e TV. Atualmente na assessoria da diretoria da Agência Nacional de Cinema – Ancine.
Filmografia:
Produtor Associado do filme O Sal da Terra (Brasil, 2008) de Elói Pires Ferreira.
Diretor de Produção (com Elói Pires Ferreira) de Conexão Japão (Brasil, 2008) de Talício Sirino.
Produtor Associado e Produtor Executivo de Curitiba Zero Grau (Tigre Filmes)
Produtor Executivo de Brainflorest (Brasil). Animação em Longa Metragem de Paulo Munhoz (Tecnokena) ainda em produção.
Também estou nos primeiros passos na crítica de cinema mantendo uma coluna semanal em um jornal.

7 de junho de 2011

É preciso dizer não às sandices culturais

Num país de tantas diversidades como o Brasil, ainda há quem entenda que a produção cultural deva ser tratada politicamente de um modo linear. Isso é de uma tolice absurda, porque não há como tratar com igualdade aqueles que por natureza são desiguais. Justamente pela marca inconteste da heterogeneidade, os mercados culturais precisam ser operacionalizados através do exercício de políticas que respeitem as características de cada segmento. Jogar todo mundo no mesmo “balaio” e crer que é o certo tem o mesmo sentido que acreditar na impossibilidade de ser atingido em campo minado. Convém entender que, em ambas as situações, o indicativo é de “nitroglicerina pura”.
E o danado é ter que repetir para os incrédulos da pluralidade, que esse perfil diferenciado não se dá apenas entre os setores. Algo como o cinema e o teatro, por exemplo. As disparidades também ganham forma – e muito – dentro de uma própria atividade. De fato, coexistem mais de um cinema e mais de um teatro, mesmo que não sejam – nos seus interiores – tão harmônicos. Na verdade, é bem comum e razoável entender o que muitos custam a enxergar um pouco além da ponta do nariz. Ou seja, nesse quadro de miopia crônica, o mais incrível é desconhecer que na sua própria atividade há quem opere ainda com tenaz amadorismo e quem atua com senso profissional e empreendedor. Não há pecado nisso, mas é preciso uma dose de perspicácia para se reconhecer tal disparidade. O que não se pode é deixar de evoluir, é buscar os mecanismos que transforme o “autor amador” num “agente empreendedor”. As lentes do dinamismo econômico impõem esse entendimento de modo claro, muito embora, na maioria das vezes, a força do “viés artístico”, sobejamente dependente de uma mão protetora do poder público, resista a aceitar.
Ora, se há atividades diferentes e até mesmo brutais discrepâncias nos próprios setores, por que pensar em políticas lineares, homogêneas? Retirando-se desse raciocínio os produtos ditos “comerciais puros”, que passam ao largo das políticas públicas (embora não seja também pecado atendê-los), as atividades “semi-comerciais” e “não-comerciais” carecem de estratégias e ações bem distintas. Aquela idéia de jogar todos no mesmo “balaio”, seja na unicidade de uma lei de renuncia fiscal, ou mesmo, na visão monolítica da exclusividade dos fundos e editais, é incorrer num erro primário. O mais correto é dispor dos dois mecanismos e atender aos distintos segmentos do mercado. Nesse sentido, o exemplo da reforma da Lei Rouanet é de uma incoerência sem tamanho. Para corrigir algumas falhas operacionais, esquece-se do atendimento correto que se faz à parte do mercado, revivendo aquela velha sandice de se “matar o boi” para se remediar os “carrapatos”. E quanto mais se alimenta a defesa única de uma política cultural, mais os ânimos se acirram e geram uma rivalidade setorial absolutamente idiota.
Para esse nó a solução é clara: decisão política que reconheça a necessidade de estratégias e ações diferenciadas. Noutras palavras, vontade de se fazer uma política pública de cultura efetiva, ampla e irrestrita, capaz de atender às peculiaridades dos distintos segmentos do mercado. Mas a resistência inconseqüente de quem defende o ideário da homogeneidade, mesmo se contradizendo com o discurso em defesa do plural, só põe em xeque toda credibilidade do sistema. Com base nessas tolices, que não levam à real compreensão dos mercados culturais, até a própria Ministra da Cultura, por ter sinalizado de modo favorável à heterogeneidade da política, terminou sendo jogada à “arena dos leões”, por conta de atitude pessoais e classistas inoportunas e descabidas. Uma atitude que serviu apenas como um “gás inflamável” bastante infeliz, justo para o “fogo amigo” partidário que foi gerado pela tentativa encomendada de “fritura”. Uma inescrupulosa ação conjunta, frustrada em tempo hábil.
E nesse cenário surreal, que renega a realidade plural da cultura brasileira, haja paciência para o festival de sandices que assola parte dos setores, que infelizmente ainda faz fé no “Papai Noel” da política cultural única.

4 de junho de 2011

2 de junho de 2011

Máscara Estilo Veneziana





 
  
 

Fases da confecção de uma máscara em estilo veneziano confeccionado pela artista Hote Pfeiffer. Gostou? Encomende a sua!!!!

Confecção de diversos fantoches

Fantoche menina
Fases da confecção (corte, colagem, montagem) e colocação da roupa


                                                            Processo de tingimento da espuma com anelina e álcool para a confecção do fantoche de Nossa Senhora Aparecida.

 Olhos dos Fantoches em fase de pintura
 Mãos ,corpinhos e cabeças dos fantoches cortadas e prontas para colagem


 Nossa Senhora Aparecida





Menino e Anjo


 São Francisco de Assis

Acessórios Para Bonecos

 Sapatinhos para bonecos
(Bota, Sapato de boneca e Sapato de salto)


Coroa para boneco fantoche de Nossa Senhora Aparecida


  Coroa do Menino Jesus de Praga


 Asa de anjo para fantoche